Pular para o conteúdo principal

O DOM DE ENSINAR


Confúcio disse: “Diga-me, e eu esquecerei. Mostre-me, eu me lembrarei. Envolva-me, eu entenderei.”

Independentemente, da nossa admiração pela cultura milenar oriental, essa frase é digna de muita, muita reflexão.

Ensinar é, reconhecidamente, uma nobre missão e, muitas vezes, assumida por pessoas que tem interesse, mas não se aprofundam na significância da experiência. Aparentemente, eu me descobri educador um pouco tarde. Foi em 2004, quando fui convidado a substituir emergencialmente uma professora que saia de licença. A partir daí, foram 10 anos, 6 instituições, 5 cursos diferentes e 21 disciplinas.

Mas, de fato, tenho ótimas recordações do ensino médio, quando meus colegas pediam para estudar comigo... O divertido era que eu, na verdade, estava aprendendo para explicar a eles. Isso construiu em mim, uma autoconfiança muito conveniente. Melhor! Contaminou minha personalidade com um desejo incontido de ensinar. Ensinar com devoção, com dedicação e com amor. Não apenas pela profissão, pelo ganha-pão.

Então, quando eu vejo situações que exigem ensino-aprendizado, inevitavelmente, observo e avalio. Nem sempre as pessoas entendem a importância do método, da docência. De um simples nó a uma teoria, é preciso saber como ensinar. Não. Não estou querendo “dar um nó na sua cabeça”... É que me vem à mente, um treinamento que recebi, na CEFRI, uma empresa onde trabalhei em 1975.

Fui surpreendido com uma aula sobre “como fazer um nó”. Claro que, o que me surpreendeu não foi o nó. Mas, a técnica de ensino. O treinador, primeiramente, explicou detalhadamente como fazer o nó, passo a passo; em seguida, fez o nó, me mostrando os passos; e, finalmente, pediu que eu fizesse o nó, sozinho, acompanhando o meu desempenho.

Nunca me esqueci e, até agora, quando e ensino algo (seja qual for o grau de complexidade) utilizo esse método simples, mas eficaz.

Gosto de gente e gosto de ensinar as pessoas. Hoje, me dedico a educação corporativa, como forma de continuar na “docência”.

Não como negócio, vendendo treinamentos, mas como vocação.

Por isso, estou sempre pronto a dividir meus aprendizados e minha vivência, com quem quer, de verdade, me ouvir!

É a minha forma de agradecimento a Deus pelo dom de ensinar!


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A IRONIA DA CRIAÇÃO

  A IRONIA DA CRIAÇÃO 2022 novembro 15 Eu até tento... Mas, para quem começou a fazer Marketing sem computador, criando planilhas sem Excel, fica difícil ler (ou não) tantas neo verdades. Acho fantástico que possamos expressar nossas opiniões e, sobretudo, ter onde publicá-las, democraticamente. Mas, sinto um excesso de proprietários da verdade, renomeando velhos princípios da mercadologia. O consumidor continua sendo o motivo da criação de novos produtos, a verdade continua sendo a única forma de conquistar a fidelidade de clientes, o preço continua sendo relativo diante do valor e os meios de comunicação continuam sendo fundamentais para alcançar os sentidos dos prospects e criar uma imagem de mercado. Mesmo assim, tenho acompanhado um se número de novos tipos de marketing, novas formas de criar e, na contramão do “saia da caixa”, os criadores estão se canvando. Ai de nós, se não estivermos dentro dos moldes das plataformas e templates contemporâneos. Marketing é Marketing. E o s
  A BANALIZAÇÃO DO “MELHOR” Quando eu era jovem tomei conhecimento do método VER-JULGAR-AGIR. Até havia um livro que alguém me presenteou e, hoje, não sei onde foi parar. Aliás, também não sei onde foi parar essa atitude... Naquele tempo foi muito relacionado aos movimentos religiosos, mas eu não vejo porque limitá-lo dessa forma. Afinal, não deveria ser assim com todas as coisas que vemos, ouvimos e lemos? Então, ao que parece, não é o método que está esquecido... é essa prática que, a meu ver, está estreitamente ligada ao bom-senso. Ah, me esqueci. O bom-senso também está meio fora de moda. No entanto, agora, mais do que nunca, deveríamos VER e JULGAR, antes de AGIR. Lembro-me que numa disciplina de Comunicação, analisamos um texto que revelava o comportamento (atual naquela época) das pessoas atingidas pela Mídia. Uma frase saltava aos olhos: “se foi divulgado na TV, deve ser verdade!”. Se isso me assustava antes, agora me apavora. Eu não gosto de bloquear as mensagens, ju
  MEUS FILHOS   Meus filhos não são mais c rianças. Ah... como eu gostaria que ainda fossem. Lembro-me do primeiro olhar que, iludido, pensei que era para mim, me reconhecendo como pai. Lembro-me dos primeiros passos que não foram passos... Lembro-me também das quedas, do choro de dor de ouvido, daquela cólica impossível de adivinhar... Mas, lembro-me, acima de tudo da cumplicidade, da confiança que tínhamos um no outro. As perguntas curiosas sobre as coisas e, mais tarde, as perguntas curiosas sobre a vida... Costumamos dizer que não queremos que os filhos cresçam. Pode ser verdade. Porque, apesar do desejo de vê-los adultos, independentes, decidindo a própria vida, temos medo de vê-los adultos, independentes, decidindo a própria vida. Provavelmente, seja um medo infantil, resquício daquele tempo em que também fomos crianças e não queríamos perder as pessoas que nos rodeavam. O fato é que, como pai, sinto a falta daqueles tempos de educação, quando pensávamos que sabía