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ADMINISTRADOR QUE APAGA INCÊNDIO, NÃO É HERÓI!

 


ADMINISTRADOR QUE APAGA INCÊNDIO, NÃO É HERÓI!

2022 dezembro 27

Quando era criança, igualzinho muitas outras, pensei em ser Bombeiro. Como não admirar a coragem e a entrega dessas pessoas que, por pura vocação, salvam vidas e patrimônios (nessa ordem). Sem dúvida, continuo acreditando que são heróis.

Mas, “apagar incêndios” ganhou novos significados, conforme o tempo foi passando e, sobretudo, porque parece que passa cada vez mais depressa (clichê...). Lembro-me da primeira vez que trabalhei esse termo, numa palestra que enfatizava a necessidade de planejar. O público era de Empreendedores, pequenas empresas que sequer tinham uma estrutura administrativa bem definida. Imagine, então, passar o conceito de Plano de Negócios.

Usei uma metáfora que havia lido num livreto (infelizmente não me lembro o autor, para dar o crédito). Foi uma comparação entre as viagens do Titanic e do navegador Amyr Klink, onde basicamente se analisava o fracasso de uma jornada baseada na arrogância e prepotência versus um desafio consciente e baseado em informações e disciplina. Planejamento versus “boralá” que no fim dá certo.

Esse tema me veio à mente, ao ver que ainda há muito empresário que “aposta” no sucesso, usando somente o famoso tino comercial e a sua opinião pessoal. Mas, os tempos são outros. É preciso olhar com os olhos do mercado. O cliente, o consumidor decide o quê e de quem irá comprar e a opinião pessoal do dono do negócio chega a ser irrelevante. É necessário ter um pensamento estratégico e não tático. O que vejo, é muitos olhando para a ponta do Iceberg: o cliente vê e pode até achar a peça publicitária linda... mas, ele vai comprar?  Num termo mais contemporâneo... há engajamento?

Então, por baixo da criação, do design é imprescindível a intenção, a sustentação de uma estratégia definida, onde o meu produto ou serviço só tem sentido se atenderem a necessidade de quem vê a propaganda. Fazer hoje, o que viu o concorrente fazer ontem, não é estratégia. É apagar incêndio!

Ou seja, o equilíbrio entre a comunicabilidade e a estética devem ser cuidadosamente planejados. Caso contrário, continuaremos com ações táticas, momentâneas, inspiradas num olhar de soslaio numa publicação bonitinha, “criada” a partir de um template. A ponta do Iceberg.

Mas, o que causa o naufrágio... está mais embaixo.

 

 

 

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